(pespectiva de Vando)
Era um dia normal. Ou seja, um dia extremamente chato. Sinceramente, eu achava que um emprego no ramo científico ia alegrar a minha vida, não torna-la mais insurportavel ainda. A unica coisa levemente interessante que tinha ali era um cadaver de uma mulher, mas os meus "chefes" faziam questão de me deixar bem longe dela. Em geral, eu passava o dia arrumando gavetas e trazendo café para os cientistas de verdade. Até que a campainha tocou.
Como os grandes mestres da ciencia estavam muito ocupados, eu fui atender a porta.
A primeira coisa que eu vi quando abri a porta foram dois políciais caídos no chão e uma garota na frente deles. Então a garota olhou para mim. Aì sim, eu tomei um susto.
Ela tinha orelhas e cauda de gato. Suas unhas cresciam e encolhiam como se estivesse relutando em me azunhar. Os olhos eram amarelos e um pouco maiores do que o de um ser humano normal. Mas não foi isso que me assustou. O que me assustou de verdade era que eu sabia quem era. Minha amiga, Kate.
- Por favor, Por favor - Por favor não seja o que eu estou pensando.Por favor não seja o que eu estou pensando.
Quando eu estava quase me recuperando do susto, ela saiu correndo. Pensei em segui-la, mais eu tinha algo muito importante para fazer. Eu tinha que confirmar uma hipótese.
- O que voce tem a ver com isso, garoto?
- é só uma dúvida. Eu gostaria de saber quem é o cadaver.
- Já te falei que não é da sua conta. Vá cuidar do seu trabalho.
- Voce sabe que se não me contar eu vou ficar te pertubando o dia todo não sabe?
- Ai, ai, esta bem.... ela era uma colega nossa, Carla Kate, mais houve um.... acidente de trabalho e ela morreu. Estamos estudando o corpo para que isso não ocorra novamente. hum...Vando, cade voce?
Saí correndo na hora e peguei a van da empresa. Sabia que eles sempre deixavam a chave na ignição por pura preguiça, mas isso não importava. Eu tinha que encontrar a Kate.
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